sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Empresários do Serra Sons têm bens bloqueados

Em Ação Civil Pública Cautelar, com pedido de liminar, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) requereu à Justiça o bloqueio de bens da empresa Cartão Postal Editora e Publicidade Ltda e de seus sócios-administradores, Anderson Terra Pomar e Nelson Rodrigues dos Reis Filho, responsáveis pela organização do festival Serra Sons. O evento deveria ter sido realizado entre 11 e 15 de novembro de 2011, no distrito de Lumiar, em Nova Friburgo. Depois do dia 12, mais nenhum show foi realizado. Além disso, os organizadores do festival deixaram a cidade sem dar explicação às pessoas que compraram os ingressos. 
Segundo a Ação, proposta pela 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Nova Friburgo, pelo menos cinco mil pessoas foram lesadas. Para ressarci-las, os promotores de Justiça que subscrevem a ação, Carlos Gustavo Coelho de Andrade e Luciana Soares Rodrigues, estimaram a indenização em R$ 300 por pessoa, totalizando R$ 1,5 milhão. O MPRJ pediu a indisponibilidade de contas bancárias, imóveis, veículos, aplicações financeiras e eventuais outros bens da empresa e de seus sócios-administradores. O objetivo é garantir que o patrimônio não seja dilapidado, para que haja eventual indenização.
Em um prazo de 30 dias, será proposta uma Ação Civil Pública (ACP) para garantir o ressarcimento integral dos danos materiais e morais sofridos com condenação dos réus. Para serem beneficiados por uma possível sentença favorável à ACP, os consumidores devem guardar o ingresso original.
De acordo com a ação cautelar, o evento teve ampla divulgação, contando com 30 postos de venda em toda a Região Serrana, além de outros em cidades da Região dos Lagos e no Rio de Janeiro. Os ingressos custavam, por dia, a partir de R$ 50—preço do setor de pista. Estavam programados shows dos artistas Lulu Santos (11 de novembro), Zeca Baleiro e Alceu Valença (12), Guilherme Arantes e Flávio Venturini (13), Beto Guedes e Milton Nascimento (14) e Bloco Sargento Pimenta e Rio Maracatu (15). No dia 12, apenas um show foi realizado: o de Alceu Valença. Já o de Zeca Baleiro foi remarcado para terça-feira, 15, mas, assim como os demais, foi cancelado.
Informações de datas, preços, capacidade e formas de pagamento foram retiradas do site oficial do evento (www.serrasons.com.br) logo após o cancelamento, segundo a ação.
Em nota oficial, os organizadores explicaram que não conseguiram os patrocínios esperados e suspeitaram da falsificação de ingressos, pois acreditavam ter média de cinco mil pagantes por dia, enquanto registraram somente 2.800 tíquetes vendidos para o primeiro dia de shows. Também admitiram ter recebido multas administrativas por cometerem irregularidades relativas às condicionantes da licença do evento, em especial às referentes aos horários das apresentações e nível de poluição sonora.
Em seguida, divulgaram que fariam levantamento de fornecedores e consumidores para “posterior retorno sobre a forma de ressarcimento dos prejuízos materiais”. Mas para os promotores de Justiça a promessa é insatisfatória e não dispõe de credibilidade, porque “não abrange a integral reparação dos danos materiais com a devolução em dobro dos valores indevidamente cobrados e com completa reparação dos danos morais sofridos pelos consumidores lesados”.
“Os riscos do empreendimento correm por conta dos empreendedores, que deveriam se valer dos cuidados necessários para não desrespeitar as condicionantes administrativas do alvará do evento (evitando a imposição de multas por parte do Poder Público) e para garantir que os ingressos tivessem os itens de segurança necessários a prevenir e identificar eventuais falsificações. Da mesma forma, não podem ser imputáveis ao público consumidor, e aos já sofridos friburguenses, ainda traumatizados pela catástrofe de 12 de janeiro de 2011, a falta de patrocínio suficiente para o evento e eventuais vendas abaixo do esperado”, escreveram na ação os promotores.


Fonte: jornal A  Voz da Serra, edição de 24/11/2011.


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sábado, 19 de novembro de 2011

Veículos grandes e pesados na Serramar


Flagrante de veículo pesado transitando na Serramar no feriado. Foto: Luciana Spitz.

O fluxo de veículos de grande porte e pesados continua na Estrada Serramar, onde só deveriam circular veículos com até 16t.

No feriado de Proclamação da República, quando o distrito estava lotado de turistas com o Festival Serra Sons, um caminhoneiro vindo de Casimiro de Abreu me parou perto de casa (na Rua Francisca Amélia Benvenuti Spitz, que ainda hoje faz parte da Serramar porque nosso incompetente DER não concluiu o trecho urbano da rodovia) e me perguntou como fazia para ir para Macuco. Imagino o transtorno que aquele caminhão de cimento comprido e imenso não causou na estreita ponte sobre o rio Boa Esperança, na Praça e mesmo na Lagoa para fazer manobras e continuar sua viagem até a RJ-116. Quem conhece o percurso consegue imaginar a cena como eu: o centro de Lumiar tem ruas apertadas e, num fim de semana abarrotado de carros mal-estacionados, a situação fica ainda pior.

No mesmo feriado também vi passar, no sentido Lumiar-Casimiro, um caminhão com duplo eixo levando banheiros químicos.

A cara de pau dos motoristas ao passar em plena luz do dia pela estrada (é comum ouvir esses caminhões trafegando na rodovia de madrugada, como que para fugir de uma fiscalização que não existe) é agravada pela falta de um posto de polícia rodoviária na Serramar - os dois mais próximos são o do distrito de Mury, em Friburgo, e o de Casimiro de Abreu. Enquanto isso, a estrada se deteriora com o excesso de peso, torna-se mais perigosa com o tráfego dos veículos grandes e pesados e serve como rota de contrabando e drogas à vontade, diante da inércia do poder público.

Realmente, estamos muito mal servidos quanto à segurança pública... Será que a sensação de estar abandonada à própria sorte é só minha? E até quando Lumiar vai continuar a ser "terra da bandalha", sem apoio nenhum de seu município-sede ou de quem quer que seja?

Deixo a pergunta no ar...

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Euterpe Lumiarense participa de evento de bandas


A banda da Sociedade Musical Euterpe Lumiarense (SMEL) vai participar neste fim de semana do Encontro de Bandas do Interior do Estado do Rio de Janeiro.

O evento será realizado no sábado, dia 19, na Praça Getúlio Vargas, no centro, e no domingo, dia 20, no Teatro Municipal, no Suspiro, sempre a partir das 14 horas. A SMEL se apresentará no sábado, projetando para o município de Nova Friburgo a revitalização da centenária banda do 5º Distrito.

A solenidade de abertura será no sábado, às 14h, no coreto da Praça Getúlio Vargas, com execução do Hino Nacional Brasileiro, seguida da apresentação das bandas. O organizador do evento, o músico Marcos Botelho, pretende resgatar as apresentações das bandas nos espaços públicos e estimular a música instrumental entre os jovens.

As informações do jornal friburguense A Voz da Serra desta sexta-feira, dia 18.

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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Cancelamento de shows do Festival Serra Sons frusta o público

O último domingo, dia 13, foi dia de "ressaca" para centenas de turistas que estavam em Lumiar no feriado prolongado: começou como fofoca e disse-me-disse e, por fim, foi confirmado o cancelamento dos shows daquele dia, de segunda e de terça-feira do Festival Serrasons, realizado durante este feriado no 5º Distrito. As pessoas estão indignadas e perplexas diante desta inusitada situação para a vila.
Segundo informações de quem estava no distrito, o show do Lulu Santos, realizado na sexta-feira, dia 11, ocorreu sem maiores problemas, apesar do público pequeno. Já no sábado, dia 12, o show do Zeca Baleiro foi cancelado, e apenas Alceu Valença e Nó Cego subiram ao palco. Foi falado que Alceu Valença havia recebido apenas metade do cachê, e que teria tocado mesmo por respeito ao público. Apesar da ausência de Zeca Baleiro, quem foi ao evento no sábado disse que foi um excelente show.
Já no domingo a vila acordou com o bochicho de que o restante do festival fora cancelado. Nem mesmo a equipe que desmontava o equipamento do evento havia recebido seu pagamento. Pessoas ligadas ao festival saíram às pressas das pousadas onde se hospedaram, alguns até de madrugada, sem comunicar à recepção. Em uma delas teriam dito que já estavam indo porque "sujou".
Até o momento as explicações dadas pela organização do Serra Sons não foi convincente. Eles alegam que a falta de uma grande empresa patrocinadora e uma enxurrada de ingressos falsos os teriam impedido de arrecadar dinheiro para pagar os cachês dos artistas. De qualquer forma, o fato de os organizadores saírem praticamente fugidos de Lumiar, mesmo que alegando ameaça à sua integridade física, só reforça a ideia de um calote. Por enquanto fdoi divulgado que os artistas que não se apresentaram virão em nova oportunidade e que o público pode optar por ter seu dinheiro de volta ou aguardar os novos shows, que ainda não tem data marcada.
O maior prejudicado é o público, que gastou cerca de R$ 60,00 por ingresso, além dos gastos com transporte e hospedagem. Comerciantes também foram prejudicados, e alguns nem abriram suas portas na segunda e na terça. E Lumiar - e, consequentemente, Nova Friburgo - perde também credibilidade, ficando com uma péssima imagem diante do país, pois o evento recebeu pessoas de várias partes do Brasil.
A PM sugeriu que as pessoas procurassem a delegacia da cidade para registrar boletim de ocorrência, pois o segundo eles o caso pode ser tratado como estelionato.
Aguardo novas informações sobre o caso para postar no Blog. E quem tiver outras informações pode enviar e-mail para lucianaspitz@gmail.com.
Aqui, link para a nota do Serra Sons sobre o ocorrido: http://serrasons.com.br/rio2011/.

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