terça-feira, 24 de novembro de 2009

SMEL promoveu encontro de músicos no sábado, dia 21



Durval Ouverney; Ana Cláudia Barroso da Costa com a filha, Ana Gabriela; Manoel Antônio Spitz Sodré, presidente da SMEL; Protásio Mozer; João Mozer; e Ercílio da Costa. Foto: Jornal A Voz da Serra.

A Sociedade Musical Euterpe Lumiarense promoveu no último sábado, dia 21, o I Encontro de Músicos de Lumiar e São Pedro da Serra, com o objetivo de criar um cadastro dos antigos músicos e dos possíveis colaboradores no processo que desenvolve há um ano e meio, de reativar a banda, que foi fundada em 1891.

O evento foi também o momento da entrega dos primeiros instrumentos a alunos que já são considerados aptos a começar a formar a banda. Ana Gabriela Barroso da Costa foi a primeira a receber uma flauta do presidente da entidade, Manoel Antônio Spitz Sodré. Junto com Ana Gabriela estava Protásio Moser, de 60 anos, que trouxe seu antigo instrumento, um pistom, que usava nas apresentações de antigamente. Protásio dirigiu-se a Ana Gabriela contando que começou a tocar aos 12 anos, afirmando que a música pode ser uma profissão que se oferece aos jovens de agora. Ele relembrou das dificuldades que os músicos tinham para reparar seus instrumentos, o que era feito de forma improvisada.

Na ocasião, Bercília Mozer, diretora da Ação Rural São Sebastião de Lumiar, filha do patriarca Astrogildo Mozer, relembrou da banda de outros tempos, falando da importância que a Euterpe Lumiarense teve no passado e que volta a ter, inclusive no resgate da memória histórica e das tradições locais. No encontro, muitas coisas foram relembradas, entre elas, o quase confronto entre Manoel Antônio Sodré, pai do atual presidente da Euterpe Lumiarense, e Hercílio Boy, sanfoneiro, presidente da entidade no final dos anos 1970. Ambos faziam serviço militar em 1935, quando se deu o acontecimento conhecido como Intentona Comunista. Hercílio servia na artilharia de costa da Fortaleza de Lage e Manoel na Escola de Aviação, que se rebelou, tendo ele participação no movimento. Se o movimento dos comunistas não tivesse fracassado logo nos primeiros momentos, os dois provavelmente teriam combatido em campos opostos. Acabaram se encontrando, de maneira bem mais amena, em Lumiar: tornaram-se concunhados ao se casarem com duas irmãs da família Spitz.

A Euterpe Lumiarense procura parcerias para desenvolver projetos sociais em Lumiar e São Pedro da Serra, incluindo as pequenas localidades que compõem esses dois distritos de Nova Friburgo. Recentemente passou a receber apoio do empresário Jorge Aguiar, da empresa Caminhos Dourados, o que possibilitou dar seguimento às aulas de teatro infanto-juvenil. Além de promover atividades próprias, a Euterpe apoia outras iniciativas culturais, como o Cineclube Lumiar, de Pedro Kiua, e o programa Boas Conversas, de Luís Carlos Sil, em Lumiar.

(Matéria divulgada no jornal friburguense A Voz da Serra, de 24/11.)

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