segunda-feira, 23 de março de 2009

"Lumiar", de Beto Guedes


Fotos: alguns locais em Lumiar em fins dos anos 70 e início dos 80: Lagoa, em 1979 (com Maria do Carmo Spitz Sodré); Praça Carlos Maria Marchon, em 1978 (com Luciana Spitz e Magdê Madalena Spitz Sodré); chalé, na década de 1980; e igrejinha de São Sebastião, 1980. Fotos de (respectivamente): Maria do Carmo Spitz Sodré, Magdê Madalena Spitz Sodré, Manoel Antônio Spitz Sodré e Carlos Antonio Spitz Brito.

Resolvi falar sobre a música Lumiar, do Beto Guedes, na postagem de hoje.
Pra quem ainda duvida, a música fala mesmo do distrito friburguense de Lumiar.
Reza a lenda que Ronaldo Bastos, parceiro de Beto Guedes nas composições, conheceu Lumiar na década de 1970, se apaixonou pelo lugar e voltou para casa contando ao amigo o que viu. A partir daí, Beto Guedes compôs a música Lumiar, sem sequer ter pisado no 5º Distrito - ele só foi conhecer Lumiar depois de lançar a música...
A música foi um dos sucessos do disco A página do relâmpago elétrico, de 1977. Posteriormente, foi regravada pelo Roupa Nova, na década de 1980 - mas a versão do mineiro continua imbatível...
O que mais me impressiona - principalmente sabendo que Beto Guedes ainda não conhecia o distrito - é a perfeita descrição da Lumiar que conheci nos anos 1980, na minha infância... vide as fotos desta postagem.
Taí a letra que lançou o 5º Distrito pro mundo - com o devido link pra um clipe, com imagens do artista, deixado no Youtube, e outro de um show ao vivo - pra poder ouvir o som, também:

Lumiar (Beto Guedes / Ronaldo Bastos)

Anda, vem jantar,
vem comer, vem beber, farrearaté chegar Lumiar
e depois deitar no sereno
só pra poder dormir e sonhar
pra passar a noite caçando sapo, contando caso
de como deve ser Lumiar

Acordar, Lumiar, sem chorar,
sem falar, sem quer acordar em lumiar
levantar e fazer café
só pra sair caçar e pescar
e passar o dia moendo cana, caçando lua
clarear de vez Lumiar

Amor, Lumiar, pra viver,
pra gostar, pra chover, pra tratar de vadiar
descansar os olhas, olhar e ver e respirar
só pra não ver o tempo passar
pra passar o tempo até chover, até lembrar
de como deve ser Lumiar

Anda, vem cantar,
vem dormir, vem sonhar,
pra viver até chegar em Lumiar
Estender o sol na varanda até queimar
só pra não ter mais nada a perder
pra perder o medo, mudar de céu, mudar de ar
clarear de vez Lumiar.

Clipe com imagens de Beto Guedes e a música Lumiar, no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=Z_T5lN44Uq8&feature=related
Lumiar, em apresentação ao vivo de Beto Guedes: http://www.youtube.com/watch?v=X1htYeESOXU

Dá um saudade boa...

sexta-feira, 20 de março de 2009

21 de Março - Dia Mundial da Água

Amanhã, dia 21 de março, é comemorado Dia Mundial da Água.
Mais do que comemorar, a data serve de alerta para a necessidade de preservarmos os recursos hídricos do planeta, cada vez mais escassos.
E por que falar sobre água no Blog Lumiar? Simples: o 5º Distrito tem rios e cachoeiras importantes (como o Rio Macaé, por exemplo), que podem e devem ser preservados.
E a situação por lá não anda nada boa...
Quem conhece o distrito há mais de 30 anos pode perceber fácil, fácil o assoreamento e a diminuição do fluxo de água do Rio Boa Esperança. Onde antes a gente promovia até "corrida de bóia", hoje a água nem chega nos joelhos...
Não há mais rios no centro de Lumiar que não estejam poluídos... era uma vez banhos no Rio Boa Esperança ou na Viga!
Além disso, os poucos lugares onde ainda podemos curtir um banho de rio estão sendo privatizados. O fechamento da passagem para o Gianinni deu o alerta nas pessoas quanto à privatização do banho de rio em Lumiar.
Enfim, a situação dos rios no 5º Distrito é a seguinte: das quatro, uma - ou o rio está poluído, ou é longe, ou é pago ou está com seu acesso fechado.
Lumiar ainda é um distrito relativamente pequeno, onde pequenas ações de conscientização, inclusive com a participação do poder público, podem reverter o processo de degradação de suas águas. Conscientização ecólogica, de não fazer o rio de lixeira, de obrigar todos a terem fossas, de educar nossos turistas - e, infelizmente, alguns locais - sujismundos a não jogar lixo no rio ou em seu entorno... enfim, ainda há tempo de se fazer algo.
Para lembrar a data e protestar contra o que já está sendo chamado de "privatização" dos rios lumiarenses, um grupo de moradores do distrito vai realizar um evento no dia 21, mesmo, a partir das 11h da manhã, na Praça Carlos Maria Marchon, centro, com poesia, música, dança e presença de artistas e autoridades locais. Vamos participar! Eu, se estiver por lá, vou dar uma conferida...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Privatizando o banho de rio em Lumiar...

Foto: Cachoeira do Poço Feio, em Lumiar.
Autoria da foto: Renata Miranda.
Disponível em: http://www.panoramio.com.


Tenho acompanhado as notícias – blogs, Orkut, e-mails, TV, enfim, mídia em geral – sobre a crescente privatização dos rios e cachoeiras em Lumiar.
Como fui questionada para dar um parecer a respeito do tema – nem sabia que eu era importante assim, hehehe – tentei organizar as idéias e escrever um artigo sobre o assunto.
Como a maioria já deve saber, sou semi-“minhoca-da-terra”; não nasci em Lumiar, mas frequento o distrito a vida toda, já que minha família – Spitz – é da região.
Durante minha infância, ia muito tomar banho de rio no Poço Feio – quem é das antigas deve lembrar que a gente pedia licença pra passar dentro de um quintal pra ir até lá. Além do Poço Feio, como Lumiar era pouco povoada – e, consequentemente, quase não tinha poluição – também tomava banho de rio na Viga (ali onde tem a ponte de pedestres, de acesso ao Vale dos Peões), na "Ponte do Tio Carlnhos" (a ponte de carros que dá acesso ao Vale dos Peões - a gente pulava da ponte no rio ou então descia até ele por onde tem hoje um depósito de gás) e descia de bóia o Rio Boa Esperança (sim, aquele mesmo, que corta o distrito) ou o Macaé (do Poço Feio à Viga). Era uma delícia!
Na adolescência, além do Poço Feio, com irmãos e primos com carro, também pude ir ao Encontro dos Rios, Poço Verde, cachoeira do Indiana Jones – nome dado pela minha turma, diga-se de passagem – e outros.
Aos poucos fui vendo o fechamento do acesso aos rios e cachoeiras da região pelos proprietários que têm terras às suas margens. E foi com muita, mas muita tristeza mesmo, que vi o Poço Feio ser “privatizado”.
Como se não bastasse isso, também vi a deterioração do lugar, com as hordas de turistas porcos e mal-educados que procuram as cachoeiras no verão. A última vez que pisei no Encontro dos Rios – e isso já deve ter mais de dez anos – vi aquela farofada horrorosa, de gente com som alto ouvindo “funque” e pagodinhos depressivos, fazendo piquenique no meio das pedras e largando seu lixo em qualquer lugar. Depois de ver lata de cerveja boiando pelo rio, nunca mais quis voltar lá. Preferi guardar na memória a imagem do Encontro vazio, só com o som da cachoeira e dos pássaros e cigarras, numa época em que, mesmo no verão, era até possível (pra quem curte, claro) tomar banho nu, de tão sossegado que era o lugar.

Claro, vale lembrar que não são só os turistas que destroem o lugar: quem explora as margens dos rios para comércio muitas vezes modifica até o curso natural dos mesmos para fazer dinheiro. A falta de consciência ecológica é, infelizmente, generalizada, e a agressão ao ambiente muitas vezes parte de quem, por ter um vínculo afetivo ou de origem com o lugar, mais deveria preservá-lo...
Hoje estamos cada vez mais sem opção; das quatro, uma: ou se acha rio pago, ou fechado, ou “farofado”, ou ainda poluído.
Alguém aí, vendo o Rio Boa Esperança seco do jeito que está, acredita que dava para descê-lo de bóia? Tinha até campeonato de “descida do rio de bóia”, nos aniversários de Lumiar... e gente mais antiga do que eu deve lembrar do Poço do Engenho, localizado atrás do chalé, fundo e de água cristalina.
Na verdade, nos encontramos numa encruzilhada; os poucos lugares preservados só o são porque estão sendo fechados, poupados da “farofada geral” que se tornaram as cachoeiras ainda gratuitas de Lumiar. Mas, ao mesmo tempo, não podemos deixar que nos privem de ter acesso à toda essa beleza natural que, na verdade, deveria ser de todos, priorizando o bem comum – no caso, poder se refrescar nos rios em dias de calor.
Para decepção de alguns, eu confesso aqui que já entreguei os pontos. Não tomo um banho de rio ou cachoeira faz tempo... seja pela farofa, seja porque acho absurdo pagar para me refrescar – pra mim, é o mesmo que querer cobrar a minha respiração (é só o que falta, mesmo...). Enfim, me privei de curtir os rios e cachoeiras da região. Mas tenho muitas saudades daqueles tempos de liberdade da infância e adolescência, onde a gente não precisava pagar para se divertir e nem corria o risco de pegar doença num rio poluído.
Um grupo de pessoas está organizando para o dia 21 deste mês – Dia Mundial da Água – um evento em Lumiar (a partir das 11h, na Praça Carlos Maria Marchon, Centro) com música, poesia e diversas outras manifestações culturais, onde também haverá um protesto pelo fechamento do acesso aos rios locais. A motivação maior para o protesto foi o fechamento do acesso ao Poço do Gianinni, em Ribeirão das Voltas, neste mês.
Sugiro que aproveitemos o momento - oportunamente, Dia da Água - para, mais do que protestar, fazer uma reflexão sobre como fazer uso de nossas belezas naturais sem agredi-las. Dá para trocar o atual modelo de “turismo predatório” pelo turismo ecológico, de verdade? O que podemos fazer? Como conscientizar as pessoas a frequentar nossos rios sem polui-los?
Deixo a pergunta no ar, aberta ao debate de idéias... e peço desculpas pelo texto longo...

A novela da desobstrução da Serramar - AVS

Fotos: queda da barreira da Estrada Pio Francisco de Azevedo (trecho Lumiar-Casemiro de Abreu), 2º segmento da Estrada Serramar (RJ-142). Fonte: jornal A Voz da Serra.

Segue matéria da edição on-line de hoje, 11 de março, do jornal friburguense A Voz da Serra, sobre a desobstrução do 2º segmento da Estrada Serramar (RJ-142), a Estrada Pio Francisco de Azevedo (trecho Lumiar-Casemiro de Abreu):

Os friburguenses ainda terão que esperar pelo menos 30 dias para chegar mais rápido às praias de Rio das Ostras. A ligação de Nova Friburgo com o litoral fluminense pela rodovia RJ-142 (Nova Friburgo-Casimiro de Abreu), a Estrada Serramar, continua interrompida em ambas as pistas na altura do quilômetro 41, na localidade de Cascata, em Casimiro de Abreu, devido ao desmoronamento de uma enorme encosta no sábado de carnaval (21 de fevereiro) durante uma forte tempestade. A avalanche encobriu a rodovia com quatro mil toneladas de terra e lama, o equivalente a dez mil caminhões. A interdição da rodovia prejudica substancialmente o turismo e a economia na região. Equipes de 40 homens com duas escavadeiras, dez caminhões, um trator, duas retroescavadeiras e duas pás mecânicas do Departamento de Estradas de Rodagem do estado (DER-RJ) trabalham no local, mas o serviço de remoção da terra é bastante demorado. Algumas pedras que rolaram do alto de um maciço têm a dimensão maior que um carro e precisam ser quebradas com marteletes para poderem ser removidas. Por dia, consegue-se a retirada de 150 caminhões de terra. Até agora 30% do serviço de remoção do deslizamento já foi realizado. Quem se dirige de Nova Friburgo para Rio das Ostras tem como opção um desvio pelos municípios de Trajano de Moraes e Conceição de Macabu, com acesso pela RJ-146 (Bom Jardim-Visconde de Imbé) ou pela BR-101, via Cachoeiras de Macacu e Itaboraí, aumentando o tempo de viagem em mais uma hora e meia, em média.
De acordo com o presidente do DER-RJ, Henrique Ribeiro, a avaliação inicial do desmoronamento é preocupante e gera a necessidade de elaboração de um projeto amplo para contenção de encostas e reestruturação das pistas em toda a extensão da rodovia. Henrique Ribeiro informou ainda que a solução definitiva para os constantes deslizamentos na Estrada Serramar está nas mãos da Justiça. Na época das obras de pavimentação da RJ-142 estudos técnicos apontaram a necessidade de investimentos de R$ 4,5 milhões para contenção de encostas e de um desvio para impedir a grande circulação de veículos no centro do distrito de Lumiar. As obras, porém, não foram realizadas na época, ainda segundo o DER-RJ, por causa de um embargo do Ministério Público a pedido de entidades ambientais da região. A alegação da Justiça para impedir as obras em 2005 foi a falta de um relatório de impacto ambiental. Atualmente, Ribeiro acredita que para realizar a contenção das encostas seja preciso investir R$ 35 milhões no serviço devido ao aumento nos custos de materiais de construção. “Estamos tentando agora na Justiça uma autorização para realizar essas contenções”, sustentou o presidente do DER-RJ, advertindo que outros desmoronamentos poderão acontecer na Estrada Serramar devido à falta de obras de contenção de encostas.
Com o imenso deslizamento na altura de Cascata diversas comunidades permanecem isoladas na região. Moradores são obrigados a caminhar por trilhas dentro da floresta, para irem ao comércio, escola ou trabalho. A produção agrícola da região também está seriamente prejudicada com a impossibilidade de lavradores escoarem a produção por caminhões, que não conseguem chegar às suas propriedades. Muitos hortifrutigranjeiros estão estragando devido à dificuldade de transporte até os estabelecimentos comerciais.

Fonte: Jornal A Voz da Serra - edição on-line. Disponível em: http://www.avozdaserra.com.br/noticias.php?noticia=3796. Acesso em 11 de março de 2009.


segunda-feira, 9 de março de 2009

Estrada Serramar - desvio pelo Quilombo

Para informar quem acompanha o blog e circula pela Serramar, andei procurando informações sobre o estado da estrada.
Se não chover, o DER pretende liberar o pista (ou, pelo menos, metade dela) até o fim deste mês de março.
Por enquanto, o motorista tem, dentre outras opções para acessar a Baixada Litorânea, passar por Itaboraí (para pegar a Via Lagos), pela estrada de Trajano de Moraes ou ainda, na própria Serramar, pegar o desvio pela localidade de Quilombo/Campos Elíseos.
Segundo pessoas que já percorreram a estradinha, são sete quilômetros (cerca de 30 minutos) de estrada com muitas pedras, mas que não apresenta maiores dificuldades pra quem está acostumado com estrada de terra. De qualquer forma, é importante passar pela estrada devagar, até mesmo porque ela afunila em vários pontos.
Há mais informações no site (blog) do Correio da Serra: http://correiodaserra.zip.net/.
Boa viagem!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Carnaval 2009 em Lumiar - Algumas Considerações

Fotos: apresentação dos grupos Vlad e Sua Gente e Meu Chapéu Virou Pandeiro no carnaval em Lumiar. Fevereiro de 2009.
Autoria da foto: Michael Cardoso.


Havia já alguns (muitos!) anos que eu não curtia a folia no 5º Distrito.
Grata surpresa: o Carnaval em Lumiar se mostrou uma opção pra quem ainda quer pular Carnaval, mas sem o tumulto das grandes cidades (ou, se você não gosta, é so ficar em casa - dá pra dormir sem a aporrinhação dos bebuns chatos que varam a madrugada fazendo barulho pelas ruas de Friburgo). E sem zoeira até o raiar do sol, como acontece por aí. Afinal de contas, na roça a gente não tem que ter pressa: curte a folia e vai dormir, sim, pra recarregar as baterias pro dia seguinte.
Por incrível que pareça, no mundo de hoje, onde parece que toda a população mundial está se tornando alcoólatra, só presenciei uma briga de bebuns no sábado - jovens sem mais nada de útil pra fazer e que resolvem se estapear no meio da rua. Pois é... no mundo globalizado e de BBBs de hoje, vale tudo pra aparecer, por mais ridículo que pareça... só podiam ter arrumado umas melancias pros caras, iam aparecer de forma mais fácil, rsrsrs...
Além disso, outras duas coisas que me irritaram na folia foram:
* aquela espuminha de carnaval xexelenta que, apesar de proibida, foi vendida livremente na praça de Lumiar, sem o menor constrangimento, na frente dos PMs, que não fizeram absolutamente nada (como eu digo e repito, Lumiar é, infelizmente, terra sem lei);
* o funkão em frente ao bar do Celsinho. Vão dizer que eu sou implicante porque não gosto de funk (ou "funque", como costumo chamar esse gênero que nada tem a ver com o de James Brown), mas, se você está no Carnaval, pra que ouvir funk? E ainda por cima, no meio da rua, no último volume? Vai pular carnaval ou, se não gosta da festa, fica em casa! Só não vale encher a paciência alheia... Enfim, esse é mais um exemplo da política do "vale tudo pra aparecer" das pessoas hoje, de que falei acima...
Mas o feriado foi bem bacana em Lumiar, apesar dos percalços...
Tivemos dois grupos musicais muito bons, que se revezaram nas noites de carnaval: Meu Chapéu Virou Pandeiro, dos meus primos Thiago Spitz e Leo Abelha, e Vlad e Sua Gente, do meu colega de escola Wladimir. Ambos deram muito bem conta do recado, com marchinhas, frevo, samba etc. Valeu mesmo, meninos, foi muito bom! Só achei o intervalo dos shows meio grande: dava sono esperar, e eu acabava indo pra casa dormir.
O Bloco Flor do Luar, da Vila Mozer, também manteve sua tradição de anos de desfilar pelas ruas do 5º Distrito - saiu em Lumiar no domingo e na terça-feira, revezando desfiles também em São Pedro da Serra. Teve samba-enredo inspirado na festa julina da família e até "carro alegórico" com um animado Zé Schuwab em cima (ficou engraçado). Enfim, o bloco animou a galera e estava bem divertido, e a única reclamação que faço - fazendo coro com outras pessoas - é que o bloco apareceu muito tarde. Nos meus tempos de criança e adolescente, o povo já botava o bloco na rua no final da tarde, o que era bem melhor...
Resumo da ópera: apesar de alguns vacilos, carnaval em Lumiar ainda é um programa bem legal...

terça-feira, 3 de março de 2009

A queda de barreira na Serramar - Jornal AVS

Matéria publicada hoje, dia 03 de março (com um atraso considerável), no jornal friburguense A Voz da Serra sobre a queda de barreira - ou melhor, da rodovia - na Estrada Serramar (RJ-142), na altura do lugarejo da Cascata, com o título "Tráfego na Serramar continua interrompido por grande barreira":

"Um deslizamento de terra de grandes dimensões ocorreu na RJ-142, Estrada Serramar, que liga Nova Friburgo a Casimiro de Abreu, na altura de Cascata, após a Ponte Santa Luzia, no dia 20 de fevereiro, bloqueando totalmente a via. Para se ter uma ideia do tamanho da barreira, são quase 130 metros de extensão e deixou o asfalto a cerca de 30 metros de profundidade, conforme atesta o líder comunitário de Lumiar José Waldir da Costa, o conhecido Zé Pinto.A barreira pegou de surpresa os muitos friburguenses que se deslocam para Rio das Ostras, principalmente no carnaval, obrigando-os a passar pelos antigos caminhos, ou por Cachoeiras de Macacu, Itaboraí e Rio Bonito ou Bom Jardim, Trajano de Moraes e Conceição de Macabu. De acordo com Zé Pinto, placas foram colocadas para orientação dos motoristas, mas poderiam ser mais visíveis. Muitos motoristas prosseguiram viagem e só constataram o trânsito interrompido já na barreira.Zé Pinto comentou que o serviço de retirada de terra da barreira é terceirizado e está sendo feito por uma empresa de Nova Friburgo, com duas máquinas e seis caminhões e, diante da grandiosidade da barreira, fica evidenciado que o serviço deve demorar. Segundo ele, há uma opção de tráfego a partir de Cascata, à direita, passando pela comunidade de Campos Elíseos e Quilombo, saindo no Bar da Cachoeirinha, em Figueira Velha, porém, a via é de terra, estreita, em precário estado e muito acidentada. “Só mesmo para quebrar o galho e assim mesmo não é para todo veículo”, alerta Zé Pinto.Trabalho do DER continuaO engenheiro chefe do DER em Nova Friburgo, Marcelo Brito, atesta as grandes proporções do deslizamento da RJ-142 na altura de Cascata, mas assegura que o trabalho do DER continua sendo feito com o objetivo de desobstruir a pista no menor espaço de tempo possível. O trecho da barreira é de responsabilidade da residência do DER em Macaé, mas as equipes de Nova Friburgo ajudam.É o caso das placas que foram colocadas visando a alertar os motoristas. Uma delas fica no trevo do início da estrada, em Mury; outra na continuação da estrada, em Lumiar; e a terceira na Ponte de Santa Luzia, já próximo do acidente. Segundo Marcelo, essas placas são suficientes para que os motoristas não sigam viagem.A obra está sendo feita de forma emergencial, por uma firma contratada em Nova Friburgo, e o descarte da terra retirada está sendo feito ao longo da estrada. Marcelo Brito crê que em 15 dias a Estrada Serramar já esteja dando passagem no local da barreira, pelo menos em meia pista.Mas este não é o único problema da RJ-142. Antes do carnaval uma tromba d’água provocou outro deslizamento de terra junto à cabeceira da Ponte Santa Luzia, do lado de Casimiro de Abreu. A recuperação foi feita e o local já dá passagem normalmente. Apenas não está sendo utilizado porque mais à frente houve o deslizamento da grande barreira.No quilômetro 6,5, entre Mury e Lumiar, outra barreira foi retirada e a passagem também está normal. Em todos esses pontos os trabalhos das equipes do DER em Nova Friburgo continuam, para que os motoristas possam passar com segurança."

Fonte: jornal A Voz da Serra, edição online de 03 de março de 2009. Disponível em http://www.avozdaserra.com.br/noticias.php?noticia=3696